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quarta-feira, 28 de março de 2012

Por Dentro do Traumatismo Cranioencefálico

Uma das maiores causa de Traumatismo Cranioencefálico envolve acidentes automobilísticos, mas a causa não é somente essa. O trauma se configura pela colisão do crânio com algum objeto, onde há uma transferência de energia da vítima para com o objeto causador da colisão. 
Trauma Perfuro-Cortante
Sendo assim, uma acidente doméstico como queda de uma escada, acidente de motocicleta, atropelamentos, acidente com armas de fogo ou armas brancas podem causar um trauma. 
Acidente envolvendo carro e moto.

No Brasil  e na quase totalidade dos outros países, o trauma é a principal causa de morte do individuo jovem. Cerca de 100 mil brasileiros morrem por ano em consequência de acidentes, e estima-se de quatro a cinco vítimas com sequelas permanentes para cada óbito. 

Define-se o trauma como: 
O traumatismo craniano é um processo patológico que envolve couro cabeludo, crânio e meninges ou cérebro, em virtude de força mecânica (COLLET; OLIVEIRA, 2002).

A lesão no cérebro pode ser de origem:

Primária: São aquelas que ocorrem no momento do trauma, associadas com lesões vasculares representando por danos graves às células nervosas, ocorre em virtude de trauma direto ao parênquima encefálico.

Secundária: Ocorre em virtude da lesão primária, com efeitos sistêmicos ocasionando hipóxia, hipo/hipercapnia, hipotensão arterial e choque, hiper/hipoglicemia e alterações intracranianas envolvendo crise convulsiva e edema cerebral. 

Fisiopatologia do traumatismo.

Os sinais e sintomas, fora aqueles da lesão local, dependem da gravidade e da distribuição da lesão cerebral. Entre os sinais e sintomas mais comuns pode-se perceber:
  • Dor aguda no ponto lesionado;
  • Hemorragias nos ouvidos, narinas, boca ou olhos e ferimentos na cabeça;
  • Deformidade do crânio;
  • Desorientação ou confusão;
  • Inconsciência ou coma;
  • Extravasamento de LCR;
  • Pupilas desiguais ou não fotorreagentes;
  • Alterações respiratórias e circulatórias. 


A avaliação e o diagnóstico da extensão da lesão são realizados pelos exames físicos e neurológicos iniciais. Em qualquer paciente com uma lesão cranioencefálica, presume-se que haja uma lesão da coluna cervical até que seja feito o descarte após o diagnóstico. 

O tratamento consiste em:
  • Otimizar oferta de oxigênio;
  • Manter vias aéreas pérvias;
  • Monitorar a PIC (pressão intracraniana);
  • Controlar pressão arterial
Na terapia medicamentosa, faz-se uso de Manitol, que é uma solução cristalóide hipertônica com efeito osmótico, que retira água do interstício diminuindo o edema cerebral que se forma com o acúmulo de liquido no parênquima cerebral.
É imprescindível que o paciente esteja sedado, para evitar um estado agitado, que pode ocasionar episódios de convulsão lesando ainda mais o cérebro. 



Referências:
COLLET, Neuza; OLIVEIRA, Beatriz Rosana G. de. Manual de enfermagem em pediatria. Goiania: Ab, 2002.  p. 222-223.

SMELTZER, Suzanne C.et. Al.. Brunner e Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 11ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. p.1892- 1907


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